Elizabeti Felix

Evidências da vida após a morte – Parte 2


Publicado em 15/05/2025, por Elizabeti Felix.

Na primeira parte deste artigo, defendemos a tese de que a consciência sobrevive à morte biológica, baseando-nos em pesquisas científicas sérias, estudos de EQMs (experiências de quase morte) e observações clínicas. Agora, aprofundamos essa reflexão e exploramos outras evidências e implicações dessa realidade emergente.

A consciência não é um subproduto do cérebro.

Esse é o ponto central de muitas pesquisas atuais. Em vez de ser “gerada” pelo cérebro, a consciência pode ser apenas “canalizada” por ele — como um rádio que sintoniza uma frequência. Quando o aparelho para de funcionar, a estação continua existindo. Esta analogia, usada por cientistas como o Dr. Pim van Lommel, cardiologista holandês e autor do livro Consciência Além da Vida, explica como pessoas com atividade cerebral nula conseguem relatar experiências lúcidas, precisas e transformadoras.

Esses relatos, inclusive, não são influenciados por cultura ou religião. Crianças muito pequenas — sem formação religiosa — também narram experiências após paradas cardiorrespiratórias com elementos comuns às dos adultos: sensação de paz, encontros com seres luminosos, revisão da vida, ausência de dor. Há uma consistência entre os relatos que aponta para algo universal.

Reencarnação também é investigada com seriedade.

A Universidade da Virgínia (EUA), por meio do Departamento de Estudos Perceptuais, acumula mais de 2.500 casos estudados de crianças que lembram de vidas passadas com riqueza de detalhes. O psiquiatra Ian Stevenson, precursor dessa linha de pesquisa, documentou dados como cicatrizes de nascença compatíveis com ferimentos de mortes anteriores. Casos em países como Índia, Sri Lanka, Líbano e Estados Unidos demonstram que memórias não pertencentes à vida atual podem ter fundamentos verificáveis.

Então por que ainda há resistência?

A resposta está no materialismo científico ainda dominante, que se baseia exclusivamente no que pode ser mensurado pelos cinco sentidos. Essa limitação sufoca possibilidades de avanço. Mas a ciência, quando honesta, é aberta ao desconhecido. O que não pode ser explicado hoje, não deve ser descartado — deve ser pesquisado. Negar fenômenos porque não cabem em teorias atuais é a negação da própria essência da ciência.

Implicações para a humanidade

Se aceitarmos que a vida continua, isso altera nossa forma de viver — e de morrer. A morte deixa de ser um fim e se torna uma transição. Passamos a valorizar mais a ética, os relacionamentos, a consciência expandida e o autoconhecimento. Os valores se ajustam. A urgência em “ter” dá lugar ao compromisso de “ser”.

As consequências sociais, políticas e educacionais seriam imensas. A justiça poderia ganhar novas ferramentas. A saúde, nova abordagem holística. E a espiritualidade, mais respeito e integração com a ciência.

Conclusão: um chamado à consciência

O que propomos aqui não é crença cega, mas abertura investigativa. A ciência está apenas começando a tocar os limites entre o físico e o extrafísico. Fenômenos antes rotulados como “místicos” agora são vistos com lentes clínicas. Negar essa ponte entre ciência e espiritualidade é negar a evolução da própria humanidade.

Não se trata mais de “acreditar” ou não. Trata-se de observar com lucidez as evidências que emergem. A vida após a morte pode não apenas ser uma realidade — como pode ser a chave para compreendermos, de fato, o que é ser humano.

A Importância da Conscienciologia como Campo Transdisciplinar

A ciência tradicional, ao longo dos séculos, tem se voltado majoritariamente para o estudo da matéria e da realidade física tangível. No entanto, diante das evidências crescentes da sobrevivência da consciência após a morte biológica, é inevitável ampliar o escopo do conhecimento humano para além da tridimensionalidade. Nesse contexto, a Conscienciologia surge como um campo transdisciplinar essencial, que propõe a investigação da consciência de forma integral, considerando suas múltiplas manifestações, existências e dimensões.

A tese central deste artigo é clara: a Conscienciologia é um saber necessário, urgente e complementar às ciências convencionais, pois oferece instrumentos para o estudo da consciência em sua totalidade — antes, durante e após a vida física. E, como tal, deve ser reconhecida como parte legítima do avanço científico e cultural da humanidade.

A transdisciplinaridade da Conscienciologia se dá justamente por integrar contribuições da Filosofia, da Psicologia, da Medicina, da Física, da Antropologia, da Espiritualidade e da própria Ciência, sem se limitar a nenhuma dessas áreas isoladamente. Trata-se de uma abordagem holossomática (considerando o conjunto dos corpos ou veículos da consciência), multidimensional e multiexistencial. Ao fazer isso, ela não apenas amplia o horizonte do conhecimento, mas também promove a integração do ser humano consigo mesmo e com o cosmos.

Diferente de correntes religiosas dogmáticas ou de racionalismos reducionistas, a Conscienciologia convida à autoexperimentação lúcida, à criticidade, à descrenciologia (não acredite em nada, experimente!) e ao autoconhecimento profundo. É um saber que propõe a autoevolução contínua, valorizando a experiência direta como instrumento de validação.

Na prática, essa ciência nos oferece ferramentas como a projeção consciente (ou experiência fora do corpo), o estudo das bioenergias, o mapeamento de retrovidas (vidas anteriores), além da análise profunda de padrões de pensamento e emoções (pensene). Tais recursos, quando aplicados com discernimento, promovem não apenas esclarecimento sobre a continuidade da vida, mas também mudanças comportamentais e éticas significativas, pautadas na cosmoética — ética universal baseada na interdependência das consciências.

É importante destacar que esse campo do saber não se propõe a substituir as ciências tradicionais, mas sim a transcendê-las, no sentido de incluir o que foi excluído: o espírito, a consciência, o ser integral. É nesse ponto que a Conscienciologia ganha relevância como campo transformador, educativo e preventivo. Afinal, ao compreendermos nossa responsabilidade multidimensional, passamos a agir com mais responsabilidade, empatia e senso de propósito nesta vida e nas próximas.

Em conclusão, reconhecer a Conscienciologia como ciência transdisciplinar é abrir espaço para um novo paradigma de conhecimento — mais abrangente, mais profundo e mais conectado com a essência da existência humana. Diante das evidências crescentes sobre a vida após a morte, ignorar a Conscienciologia é fechar os olhos para uma realidade que já começa a ser inegável. Estudá-la, ao contrário, é um passo lúcido em direção a uma sociedade mais consciente, justa e evolutiva. Estamos apenas no limiar de uma compreensão mais ampla da realidade. Se a ciência convencional já começa a tocar os contornos do pós-morte, é hora de admitir que a consciência exige um estudo que vá além do cérebro e da matéria. A Conscienciologia nos propõe esse salto. Cabe a nós, com coragem e discernimento, atravessar essa fronteira.